terça-feira, 29 de março de 2011

Capa e a banda

Aos 45 do segundo tempo, resolvi fazer uma mudancinha.

A fabricação do vinil já está preparada, e estou no processo burocrático de gerar ISRCs (aqueles numerinhos que vêm ao lado dos títulos das faixas de um disco - o processo supostamente garante a distribuição correta de direitos), checar o layout da capa, do encarte e do rótulo da bolacha.

A mudança é da capa. Vinha tentando uma direção que explorava o "Bom Retiro" de maneira espiritual, e estava fazendo desenhos de divindades inventadas. Mas conversando com a produtora executiva do disco Iara Andrade, expus minha incapacidade de "linkar" o conceito da capa com a idéia e o clima geral do disco. Fizemos um brainstorm e chegamos a uma idéia que me agradou mais.

A capa continuará sendo um desenho meu, mas mais voltado para um auto-retrato, assim como esse disco foi uma bela olhada pra dentro, um mergulho no que eu era ao começar essas composições (o curioso é que hoje estou num momento radicalmente distinto).

Nesse meio tempo, comecei a montar a banda que vai levar essas canções para o público conferir ao vivo. O time ainda não está completo, mas tenho sido rígido no critério de ser gente do bem, gente que me faz querer ser bom. Que os poucos escolhidos até agora também sejam ótimos músicos é só uma feliz e providencial coincidência. Essas músicas são meu peito escancarado num período da minha vida, e preciso de gente de confiança e sensibilidade para traduzi-las para a nossa eventual platéia.

Namastê.